quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ética na Psicopedagogia

Discorrendo sobre:
1)      A Ética e sua importância para o convívio salutar em sociedade;
2)      Ética e Direitos Humanos;
3)      Ética e saúde (Bioética).


Define-se ética como um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade.   
Desde os primórdios da humanidade o homem precisou viver em grupos ou em sociedade e em cada época foi criando padrões de comportamento como justiça, honestidade, responsabilidade, lealdade e respeito de acordo com os valores estabelecidos na sua cultura, nesse contexto a ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado, assim a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
Vivemos em uma sociedade cada vez mais capitalista, onde o ter tem superado o ser, e para se obter  vantagens, valores morais são deixados de lado em muitos casos, mas, é sabido que alguns desses conceitos vão sendo alterados no decorrer da história.
Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem, o que era visto como tolerado, se transforma em algo aceitável e vice-versa.
Mas em todas as áreas da sociedade a ética e a moral são fundamentais para o equilíbrio de uma sociedade.
O ser humano é um ser no tempo, que nele se transforma e constantemente se constitui esse ser humano no que se refere a seus direitos não podem ser ligados a contexto cultural, pois se assim for os direitos humanos são meramente relativos, não são universais e se não são universais qualquer cultura, sociedade, comunidade ou pessoa nada faz de errado se essas práticas não ferem o seu conceito de direitos humanos, como no caso dos colonizadores que fundaram o Brasil com base na exploração de índios, nada de errado moralmente teriam feito, pois estariam apenas obedecendo aos seus valores, que, contudo não são agora os nossos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pelas Nações Unidas no dia 10 de Dezembro de 1948, defende direitos gerais independente de raízes culturais.
Há uma grande diferença entre respeitar costumes que não têm relevância ética — como as cerimônias de casamento, a nudez ou os comportamentos sexuais — e respeitar costumes que têm relevância ética — como a escravatura, a discriminação das mulheres ou a violação de crianças.
Os direitos humanos existem para permitir a todos os seres humanos os direitos básicos, entendidos em um contexto universal, independentes de culturas ou costumes.
Se o amplo conceito de ética é observado os direitos humanos estão garantidos, o problema surge quando por fatores diversos corrompem a ética e junto restringem o direito do cidadão.
Todo ser humano tem direito a vida, bem como a manutenção de sua saúde, para tal as pesquisas tem se desenvolvido e nesse interim se fez necessário à criação da bioética como uma fonte de normas, regras gerais e princípios, cujo objetivo principal seria o de disciplinar eticamente o trabalho de investigação científica e de aplicação dos seus resultados, protegendo a biologia da ameaça de desumanização, considerando a responsabilidade moral dos cientistas em suas pesquisas e práticas.
A grande discussão em torno do que é o ético em pesquisas, é correto o uso de cobaias animais para testar medicamentos, se assim o fim dessas pesquisas beneficia a humanidade, a vida de um ser humano tem mais valor que a de um animal? Ou se testando medicamentos em seres humanos colocando em risco a vida de centenas de pessoas.
‘Infelizmente sabemos que há um longo caminho a se percorrer no que se refere à bioética, é uma reflexão filosófica profunda, passando pelo rigor cientifico e a busca da raiz do problema, nesse contexto existe um embate de grupos de interesses distintos como indústrias farmacêuticas, laboratórios de biotecnologia, organizações ambientalistas, associações de consumidores e entidades de classe, cada um defendendo seus interesses e pontos de vista do que é ético ou moral.
Pois ainda hoje seres humanos são usados como cobaias nas mãos de grandes grupos farmacêuticos, testando seus medicamentos com o objetivo único de lucro financeiro.
Losane Cristina Martins
Paulo Eduardo Martins

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Estratégias de Ensino

Paulo Eduardo Martins

Introdução

Por vezes no decorrer do ensino, surgem problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem.

É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo. A dificuldade de aprendizagem decorre de fatores intrínsecos e ambientais de construção do sujeito, bem como da desestabilização em virtude da adaptação ao que é novo. Perraudeau (pág. 116, 2009) analisa a aprendizagem sob o ponto de vista do construtivismo social, que compreende o aprender como uma fonte de dificuldades, pois apropriar-se do novo revela indicadores de erro em trabalhos orais, escritos ou motores.

Convém apresentar as variáveis que segmentam tendências comuns para as quais os alunos estão sujeitos na escola, bem como a influência das relações do professor com os alunos e o ambiente de ensino. Compreender os comportamentos e as reações dos alunos nos momentos cruciais determina postura de observação e interferência contínua do educador. Ressaltamos que aprender é resultado da relação entre o aluno e o meio que freqüenta, até mesmo quando este último é de natureza desestabilizante.

Dentro de uma abordagem construtivista e na subjetividade das pesquisas que implicam na complexidade da compreensão do termo “Dificuldades de Aprendizagem”, busca-se analisar os conceitos atuais referentes as operações cognitivas, bem como os processos que viabilizam o acesso ao conhecimento e a adaptação ao conteúdo, desse modo empreender uma reflexão sobre as estratégias de ensino e as interferências prático-pedagógicas que auxiliam beneficamente o trabalho do professor em aula.

Diante das questões evidenciadas, busca-se empreender uma análise reflexiva sobre as dificuldades de aprendizagem, bem como as estratégias aplicadas pelo professor que auxiliam alunos com dificuldades de aprendizagem, assim como implicam em uma postura crítica e objetiva para a prática pedagógica.

Fundamentação Teórica

O termo “estratégias de aprendizagem”,carregam em si algo muito complexo, no entanto . No entanto, González (pág. 321, 2007), define as estratégias de aprendizagem como um conjunto de processos que podem facilitar a aquisição, o armazenamento e/ou utilização da informação. Essas estratégias podem ser de dois tipos: primárias e de apoio. A primeira prioriza o trabalho sobre o material de texto (compreensão e memória). A segunda sustenta o estado mental adequado para a aprendizagem.

Por tratar de estratégias de adquirir novos elementos, os processos de aprendizagem envolvem estratégias cognitivas que o sujeito realiza para aprender. Nesse contexto existe uma complementação entre o sujeito e o ambiente, de maneira que suas ações determinam a finalidade e natureza dos conhecimentos. O professor intervém nos processos aquisitivos sugerindo, avaliando, dinamizando a condição estrutural dos componentes pedagógicos.

O docente pode empregar algumas estratégias de ensino com a intenção de facilitar a aprendizagem significativa dos alunos. As principais estratégias são as seguintes:

É importante deixar claro seus objetivos: prepare um enunciado que estabeleça condições e deixe clara a forma de avaliação da aprendizagem do aluno. Resumos, sínteses e abstração da informação relevante de um discurso oral ou escrito devem ser estimulados. Deve-se enfatizar conceitos-chave, princípios, termos e argumento central.

Organização prévia: ofereça informação de tipo introdutório e contextual. Essa informação é elaborada com um nível de abstração, generalidade e inclusão superior ao do conteúdo principal. Estenda uma ponte cognitiva entre a informação nova e a prévia.

Ilustrações: devem funcionar como representações visuais dos conceitos, objetos ou situações de uma teoria ou tema específico (fotografias, desenhos, esquemas, gráficos, dramatizações etc.).

Analogias:). são proposições que indicam que uma coisa ou evento (concreto e familiar) é semelhante a outro (desconhecido e abstrato ou complexo

Perguntas intercaladas: perguntas inseridas na situação de ensino ou em um texto mantêm a atenção e favorecem a prática, a retenção e a obtenção de informação relevante.

Pistas topográficas e discursivas: são sinalizações que se fazem em um texto ou na situação de ensino para enfatizar e/ou organizar elementos relevantes do conteúdo por aprender.

Mapas conceituais e redes semânticas: são representações gráficas de esquemas de conhecimento (indicam conceitos, proposições e explicações).

Uso de estruturas textuais: organizações retóricas de um discurso oral ou escrito que influenciem em sua compreensão e memorização.

Em todos os processos o envolvimento das diferentes classes com o desempenho e resposta do aluno aos conteúdos ou componentes. Incluindo o componente cognitivo, pode-se dizer que o sujeito está para o conteúdo, bem como o conteúdo está para o sujeito, pois o professor é responsável por orientar adequadamente o aluno nos processos aquisitivos de linguagem, operações e compreensões das abordagens. Para a aplicação consciente dos processos no ensino, é preciso avaliar corretamente os alunos, bem como o perfil da turma de acordo com a faixa etária, a condição física e mental e os componentes sociais e culturais que envolvem a vida dos mesmos.

Se faz necessário também manter a atenção dos alunos durante uma aula, discurso ou texto. Os processos de atenção seletiva são atividades fundamentais para o desenvolvimento de qualquer ato de aprendizagem. Essas estratégias podem ser aplicadas de maneira contínua para indicar aos alunos sobre que pontos, conceitos ou idéias devem centrar seus processos de atenção, codificação e aprendizagem. Algumas estratégias que podem ser incluídas nesse grupo são: as perguntas inseridas, o uso de pistas ou chaves para explorar a estrutura do discurso – oral ou escrito – e o uso de ilustrações.

Conclusão

As dificuldades de Aprendizagem apresentam como um verdadeiro desafio para a programação e atitudes do docente. As estratégias para cada caso em particular são muito específicas. Abordou-se aqui de maneira simplificada algumas estratégias.

Reforça-se a importância de estabelecer as variáveis que determinam pontos estratégicos de avaliação do aluno, sendo que a análise de fatores internos, ambientais, de execução de tarefas e avaliação são fatores imprescindíveis para uma boa programação e seleção de trabalhos para o professor.

O ideal é que escolas organizem ações de intervenção para os professores e para os pais que não sabem o que fazer em caso de problemas ou como forma de estimular o ensino da aprendizagem para os filhos.

É preciso estar sempre atento para o reconhecimento das causas, pois há fatores perceptíveis, e há outros não-perceptíveis, que sugerem observação e pesquisa, assim como sugerem um envolvimento maior com pais e superiores.

Professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos.

Referências

GONZÁLEZ, E. et al. Necessidades educacionais específicas – Intervenção Psicoeducacional. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008.

PERRAUDEAU, M. Estratégias de Aprendizagem – como acompanhar os alunos na aquisição dos saberes. Porto Alegre: Artmed, 2009.

BERNARDO, Gustavo. Educação pelo argumento. Porto Alegre: ArtMed, 2000.

FONSECA, Vitor da. Aprender a aprender. Porto Alegre: ArtMed, 1998. MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem significativa. Brsília: Ed. UNB, 1999.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Ética do Educador

A ética deve estar presente em todas as profissões, mas ao se pensar no educador ela toma uma relevância grande por se tratar de formadores de opiniões que ao faltar com a ética o prejuízo se torna ainda mas grave.
Muitos educadores não tem a noção de que ao assumir o papel de educador ele se compromete não somente com os contratantes, mas colocando seu nome em uma posição de constante avaliação, exigindo dele uma postura ética em todas as suas ações.
A falta de compromisso do educador, é um dos maiores problemas hoje, a partir desse ponto se perde todos os parâmetros éticos de um profissional da educação.
Ser assíduo, estar sempre presente e cumprir horários de entradas em sala de aula é algo que vemos constantemente sendo quebrando no dia-a-dia do ambiente escolar, onde se exige que alunos não faltem, mas a realidade mostra profissionais que faltam e muitas vezes utilizando subterfúgios ilegais para justificar suas ações.
Dentro da ética do profissional de educação a atualização formativa é algo que nunca pode ser deixada de lado, ele deve estar sempre em busca de novos conhecimentos didáticos e atualidades, visto que alterações de conceitos estão sempre acontecendo. Verdadeiramente amando o conhecimento, não é porque ele tem uma formação superior que pode abandonar os estudos, leituras e a busca do conhecimento.
Existe um grande número de educadores que vivem alheios a tudo que acontece ao seu redor, cumprindo suas carga horária e nada, além disso; mas o educador não deve ser alheio ao ambiente onde atua, mas participativo e colaborativo em todos os aspectos da comunidade escolar, sendo sempre solidário e assumindo seu papel social.

Ser cordial com  a classe dos educadores deveria ser outro aspecto valorizado, o que infelizmente não acontece na maioria dos casos, onde a visão egoísta leva a uma postura onde o meu interesse está acima de todos os outros.